Ministério
Público acompanhará inquérito sobre menino morto por policiais
- 07/06/2016 20h22
- São Paulo
Elaine
Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil
O Ministério Público de São Paulo
informou hoje (7) que vai acompanhar a investigação sobre a morte de um menino
de 10 anos por policiais militares. De acordo com o órgão, a promotora de
Justiça Maria Gabriela Ahualli Steinberg, titular do I Tribunal do Júri da
capital, foi designada pela Procuradoria-Geral de Justiça para acompanhar o
inquérito policial e começará a trabalhar amanhã (8).
De acordo com nota divulgada na
semana passada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), o menino de 10 anos
e um amigo de 11 furtaram um carro na garagem de um condomínio na Vila Andrade,
zona sul de São Paulo. Policiais perceberam a ação e saíram em perseguição ao
veículo, um Daihatsu Terios.
Pela versão policial, o menino foi baleado em confronto, após ter disparado três vezes contra os policiais com uma arma calibre 38. Os dois primeiros disparos foram feitos com o veículo ainda em movimento, antes de o carro bater em um ônibus e depois em um caminhão que estava estacionado, até perder o controle. Conforme os policiais, o terceiro tiro foi disparado pelo menor após as batidas.
Pela versão policial, o menino foi baleado em confronto, após ter disparado três vezes contra os policiais com uma arma calibre 38. Os dois primeiros disparos foram feitos com o veículo ainda em movimento, antes de o carro bater em um ônibus e depois em um caminhão que estava estacionado, até perder o controle. Conforme os policiais, o terceiro tiro foi disparado pelo menor após as batidas.
O outros garoto que estava no
veículo apresentou várias versões sobre o ocorrido à polícia. Na primeira vez
em que foi ouvido, acompanhado apenas pela mãe, ele relatou à polícia que o
outro menino atirou duas vezes nos policiais e que, depois de bater o carro,
disparou novamente, pouco antes de ser atingido e morrer.
Na segunda versão, ele contou que foram feitos dois disparos e que não houve o terceiro tiro, o que indicaria o confronto. No último domingo, porém, em uma entrevista à Corregedoria da Polícia, acompanhado por uma psicóloga, o menino mudou novamente a versão, dizendo que ele e o amigo não estavam armados e que não foi feito nenhum disparo em direção à polícia. O garoto disse que a arma encontrada com eles foi plantada ali por policiais.
Na segunda versão, ele contou que foram feitos dois disparos e que não houve o terceiro tiro, o que indicaria o confronto. No último domingo, porém, em uma entrevista à Corregedoria da Polícia, acompanhado por uma psicóloga, o menino mudou novamente a versão, dizendo que ele e o amigo não estavam armados e que não foi feito nenhum disparo em direção à polícia. O garoto disse que a arma encontrada com eles foi plantada ali por policiais.
Hoje (7), a mãe do menino, Cintia
Ferreira Francelino, prestou depoimento no Departamento de Homicídios
e Proteção à Pessoa (DHPP). Ao sair, por volta das 14h de hoje, ela não quis
responder a perguntas da imprensa, mas disse que o filho não atirou nos
policiais. “Meu filho não atirou em ninguém. Ele não tinha nenhuma arma”,
afirmou Cintia.
Edição: Nádia
Franco
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