Com informações do MCTI - 23/08/2015
O Observatório Torre Alta da Amazônia tem 325 metros de altura, e é a
torre de pesquisas mais alta da América Latina. [Imagem: Fernanda
Faria/Inpa]
Torre Alta da Amazônia
O Observatório Torre Alta da Amazônia (ATTO,
na sigla em inglês), com uma torre com 325 metros de altura, foi inaugurado
neste sábado na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã, entre os
municípios de São Sebastião do Uatamã (AM) e Itapiranga (AM), a cerca de 150
quilômetros, em linha reta, de Manaus (AM).
O Observatório permitirá a análise de mudanças e
modelos climáticos na floresta amazônica, além de monitorar os componentes da
atmosfera relevantes às mudanças climáticas. Serão estudadas, por exemplo, as
trocas de massa e energia que ocorrem entre o solo, a copa das árvores e o ar
acima delas.
O principal questionamento que os pesquisadores da
ATTO pretendem responder é como a Amazônia influencia os processos de interação
biosfera-atmosfera e as mudanças do clima e os efeitos desses fatores no
ecossistema da região.
A Torre Alta da Amazônia é resultado da parceria
científica entre Brasil e Alemanha, implementada por meio do Instituto Nacional
da Amazônia (Inpa), da Universidade Estadual do Amazonas (UEA) e dos institutos
alemães Max Planck de Química e de Biogeoquímica.
Ecossistema amazônico
A estrutura de pesquisas associada à Torre Alta
deverá gerar conhecimento inédito sobre o papel do ecossistema amazônico no
contexto das mudanças climáticas globais.
Segundo o coordenador do projeto ATTO pelo Inpa,
Antonio Manzi, será possível aprimorar os modelos que fazem previsão de tempo e
clima: "Os resultados obtidos fornecerão um grande avanço na representação
das florestas tropicais em modelos de sistemas meteorológicos e da Terra para
gerar previsões de tempo e cenários muito mais precisos sobre o clima."
Com um custo estimado em R$ 26 milhões, sendo R$13
milhões aportados pelo governo brasileiro, por meio da Financiadora de Estudos
e Projetos (Finep), e R$ 13 milhões pelo governo alemão, a Torre Alta emitirá
os dados coletados para 15 instituições científicas e tecnológicas e
universidades do país. A Universidade Estadual do Amazonas (UEA) também foi
parceira da iniciativa.
"Comparada a outros empreendimentos
científicos e tecnológicos, os investimentos no Observatório de Torre Alta da
Amazônia são pequenos," destacou o coordenador do projeto ATTO pela
Sociedade Max Planck, Jürgen Kesselmeier. "Estou ansioso pelas informações
e resultados que iremos gerar. Buscamos entender adequadamente o papel que a
floresta desempenha na formação de partículas de aerossol e, portanto, a
formação de nuvens."
Nenhum comentário:
Postar um comentário