Secretário
de Defesa dos EUA apoia o acordo nuclear com o Irã
- 04/10/2017 16h19
- Washington
Da
Agência Xinhua
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, James “Jim”
Mattis, disse nessa terça-feira (4), em uma audiência no Congresso americano,
que era do interesse nacional dos EUA manter um acordo histórico celebrado
entre o Irã e as seis potências mundiais para controlar o seu programa nuclear.
A informação é da agência chinesa Xinhua.
As declarações de Mattis chegaram em um momento em
que o presidente dos EUA, Donald Trump, está analisando se deve abandonar o
acordo negociado durante a administração de Obama.
"O que eu faria é, se podemos confirmar que o
Irã está cumprindo o acordo, se pudermos determinar que isso é do nosso
interesse, então, claramente, devemos ficar com ele", declarou Mattis em
uma audiência no Senado.
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"Eu acredito, neste momento, não ter
indicações contrárias [ao acordo], acho que é algo em que o presidente
Trump deveria considerar permanecer," acrescentou Mattis.
O general aposentado de quatro estrelas também
respondeu "sim" quando perguntado se era do interesse nacional dos
Estados Unidos permanecer no acordo, celebrado em julho de 2015 entre o Irã e
Grã-Bretanha, China, França, Alemanha, Rússia e EUA após negociações de uma
década.
Os comentários de Mattis foram aparentemente
contraditórios com o discurso de Trump pronunciado no mês passado na Assembleia
Geral da ONU, onde chamou o acordo de "um embaraço" para os Estados
Unidos e indicou que ele pode não recertificar o acordo em seu prazo de meados
de outubro.
Os líderes iranianos reagiram fortemente às
observações de Trump, dizendo que palavras tão hostis não intimidarão a
República Islâmica.
Em 15 de outubro, Trump deve testemunhar no Congresso
se Teerã está cumprindo o acordo e se continua sendo de interesses dos Estados
Unidos continuar com ele. Se ele decidir que não é, poderia abrir caminho para
os legisladores dos EUA imporem novamente sanções ao Irã, levando ao potencial
colapso do acordo.
O acordo nuclear com o Irã, oficialmente conhecido
como Plano Integral Conjunto de Ação, ajudou a desarmar a crise nuclear do país
e reforçar o regime internacional de não proliferação. No mês passado, a
Agência Internacional de Energia Atômica, organismo da ONU, disse que o Irã
estava jogando de acordo com as regras estabelecidas no acordo nuclear.
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